Comer, rezar e amar ....

Comer, rezar e amar. Eu gosto muito desse filme. Gosto de todas as partes. Me emociono com cada uma delas. Me reconheço em diferentes situações. Consigo sentir o paladar da comida de Roma, a sensação de aceitação estando num ashram na India, tal como no filme e como não ousaria citar a delícia de passar umas longas semanas em Bali. Pois é, lindo, tudo lindo. Voltando para a realidade, 10...respirando devagar, 8 .... lentamente sentindo o pulsar do seu coração, 5.... o frio que está fazendo na cidade maravilhosa, 3... o cheiro de biscoito fandangos que o meu cachorro tem e ele está bem aqui ao meu lado, 2 .... e pronta para abrir os olhos, 1... Abrindo os olhos com calma, me sentindo, me sentindo ... melhor ? É ruim, heim !!! Eu preferia 1000000 vezes continuar nesse transe. REALIDADE, que puta palavra. Uso puta como advérbio de intensidade, entendem, né? Palavrão mesmo, REALIDADE. Vejamos, coisas para fazer: ir até minha escola de origem e pegar um documento, ir aos médicos, pegar resultados, ir aos médicos, marcar exames, fazer os exames, esperar por mais resultados, ir aos médicos, terapia, comida, da cerveja eu não sinto falta, thank God. Pensar em coisas sérias...mas o que é sério para mim pode não ser para outra pessoa. Ser feliz, buscar a felicidade. Mas estou feliz apesar de tanta insegurança que deriva de certezas e também de incertezas. Mo-no-gra-fia !!! Como assim ???? Agora só falta você, agora só falta você !!! Qual a dificuldade de sentar e digitar um texto de no mínimo 15 páginas ? Depois viria a defesa, claro. E o município ? Meus diretores, meus alunos e seus pais e suas aulas que não tiveram. E a pós que sem monografia não consigo terminar. Agora paro e me deito e olho para o teto. MERDA! Acabamos de pintar o apartamento e só vejo falhas e defeitos. Como é possível ? Estou muito realista ou pessimista ???? Ler, redigir, escutar, recitar ... Existe uma pílula para a minha enfermidade ? Existe cura para os sonhadores que sonham demais, que sonham tanto que se perdem entre sonhos e REALIDADE. Ai, que coisa mais irritante, irritante por demais. Dialogar comigo mesma. Muito bem, cara orientadora, sei que nem vai ler esse blog mas fico feliz em usar mais e mais a palavra dialogar não no sentido de que escrevo a palavra dialogar mais vezes mas que coloco o verbo em ação, dialogar na prática. E na grande maioria das vezes comigo mesma. Isso continua sendo dialógico? Tá bom, outro filme. Magnífico, Meia-noite em Paris. Acredito que aprendamos mais com o convívio e nos expressemos melhor na solidão de nossos esconderijos e tal como o ator que volta ao passado todas as noites no filme, creio eu que seria para mim uma experiência fantástica.